Algumas razões para diversificar os investimentos no Exterior
Um breve panorama sobre alguns números da economia mundial já nos proporciona um entendimento das oportunidades e da necessidade de termos atenção a esta segmentação dos investimentos. Por exemplo, o PIB dos EUA e da China representam 23% e 17% do total do PIB mundial, respectivamente, ao passo que a economia brasileira representa apenas 2% do todo.
Enquanto há 5 mil empresas listadas em bolsa de valores nos EUA, 3 mil na China e 6 mil na Índia, no Brasil, temos um número aproximado de 330 empresas com o capital aberto. Poderíamos seguir listando outros indicadores para demonstrar como a economia brasileira, apesar de possuir um grande mercado consumidor, ainda tem uma representatividade pequena em relação à totalidade da economia global e, por consequência, uma parcela pequena dos ativos financeiros disponíveis para investimentos.
Além das questões relacionadas aos números da economia, podemos citar os aspectos pertinentes à dinâmica e à segurança dos investimentos em economias onde o estágio de desenvolvimento dos mercados atenua o risco do capital investido. Níveis de maturidade regulatória, proteção ao capital privado, estabilidade das regras aos investidores, moeda forte, entre outros, são importantes variáveis no mosaico de informações que compõe as teses de investimentos.
Outro aspecto importante em relação à diversificação geográfica é a existência de oportunidades de acesso a alocações em setores econômicos diferentes, ou com maiores alternativas, daqueles que estão disponíveis no mercado brasileiro. Por exemplo, nos setores de tecnologia, saúde e bens de capital há poucas empresas listadas em bolsa de valores no Brasil, ao passo que em outras economias, como a norte-americana, existe uma ampla gama de oportunidades de investimentos em empresas líderes desses setores no mundo.
Investir apenas na economia brasileira, significa de certa forma, investir em setores que possuem maior representatividade no PIB nacional e na sua bolsa de valores, como os setores de commodities, financeiro e varejo local. Isso acaba trazendo ao portfólio, no fim, um comportamento de retorno dos investimentos que estão relacionadas ao ciclo de negócio desses setores.
Outra vantagem importante é ter exposição a moedas estrangeiras, que na maioria dos casos dos investimentos do portfólio da Vexty, são em moedas fortes.
Por fim, dentro deste segmento, não menos importante, são as possibilidades existentes de acesso a um número relevante de gestores de renome internacional, com longo histórico de retorno, expertise profissional robusta e modelos de gestão na fronteira do conhecimento.
A busca pela Carteira Eficiente
Uma das teorias estudadas em finanças é a da Fronteira Eficiente de Harry Markowitz. Essa teoria traz em suma que, para se encontrar as Carteiras Eficientes, que apresentam a melhor relação entre risco e retorno, a diversificação dos investimentos é peça chave.
Mas aqui vamos apenas nos ater a uma das variáveis importantes da teoria, que seria a correlação 1) entre ativos, ou seja, a relação entre dois elementos, para conseguimos entender como este aspecto diminui a volatilidade consolidada da carteira e, portanto, o risco total do portfólio.
Com os dados mensais de retorno, no período de 3 anos entre outubro/19 e setembro/22 2), observamos uma correlação negativa do dólar comercial em relação ao índice de juros reais IMA-B 3) (-0,66), em relação aos juros pré-fixados representados pelo índice IRF-M 4) (-0,34) e, também, em relação aos ativos de renda variável quando observado o Ibovespa 5) (-0,76).
Basicamente, o que a correlação representa neste caso, sem necessariamente explicar a causa da variação, é que, quando o dólar se valorizar ou desvalorizar, o retorno nessas classes será o oposto ao movimento do dólar. Por exemplo, se o dólar estiver subindo 1%, é de se esperar, em média, que o Ibovespa esteja caindo 0,76%, uma vez que o coeficiente de correlação que comentamos no parágrafo acima é de -0,76. O inverso também é verdadeiro, quando o dólar estiver se desvalorizando, espera-se que o Ibovespa esteja em sentido contrário, neste caso, valorizando.
Outra possibilidade se refere aos casos de baixa correlação dos investimentos no exterior com os ativos locais. Por exemplo, quando observamos em um prazo de 5 anos os índices de correlação do S&P 500, principal índice do mercado acionário norte-americano, com os índices de juros do mercado brasileiro, IMA-B e IRF-M, encontramos 0,30 e 0,29 de correlação, respectivamente. Esses são números considerados baixos, portanto, alocações no índice do S&P 500 e no IMA-B no mesmo portfólio, contribuem para a diminuição da volatilidade da carteira de investimentos no longo prazo.
Importante ressaltar que, sendo uma medida estatística calculada com dados reais, esses números podem se alterar ao longo do tempo. No entanto, diversos estudos de finanças, que se utilizaram de diferentes períodos de observação dos dados, constatam que, em tempos normais nos quais não há crise sistêmica, existe estabilidade na tendência dos índices de correlação entre as classes, apesar de existirem variações de magnitudes dependendo do período de análise.
Alocações no exterior do Plano Vexty
Em relação aos investimentos do Plano, a Vexty possui hoje, aproximadamente, entre 12 e 14% do total do patrimônio dos Perfis 2045 em diante alocados em ativos do exterior de Renda Variável e Renda Fixa, 10% nos perfis 2030 ao 2035 e 6% no Perfil 2025.
Aqui na Vexty, os investimentos no exterior são realizados por meio das Classes de Ativos Global e Renda Fixa Global com Hedge.
A classe Global aloca em fundos que são compostos por um conjunto de índices de mercados de ações, crédito privado e hedge funds, no mercado internacional. Nesta classe, não realizamos proteção contra a variação cambial.
Já a classe Renda Fixa Global com Hedge, como o próprio nome indica, aloca os recursos exclusivamente em fundos de investimentos que utilizam proteção contra variação cambial. A carteira é composta por fundos que aplicam em títulos de renda fixa emitidos por instituições privadas, financeiras ou não, sediadas no Exterior.
Conforme previsto na Política de Investimentos da Vexty, a classe Global busca rentabilidade superior à variação do dólar e a classe Renda Fixa Global com Hedge busca rentabilidade mais próxima possível do CDI, acrescida de um prêmio de crédito privado.
Vale ressaltar que, da mesma forma que nas outras Classes de Ativos, todos os investimentos nestas duas carteiras são realizados por gestores profissionais contratados pela Vexty e na Lâmina dos Perfis de Investimento, disponível em nosso website, é possível acompanhar a performance dos fundos que investimos.
Notas:
1) O intervalo de correlação pode ser de -1 a +1. Além disso, em estatística, correlação não significa necessariamente causalidade (relação entre causa e efeito). Um exemplo bem conhecido é que o galo sempre canta antes do nascer do sol. Ou seja, há uma correlação positiva nessa relação (entre 0 e +1), mas, evidentemente, o sol nascer não é efeito do canto do galo (causa).
2) Coeficientes calculados pela equipe de investimentos da Vexty por meio do sistema Morningstar.
3) Índice apurado pela Anbima que reflete o desempenho dos Títulos Públicos atrelados ao IPCA, independentemente do prazo de vencimento.
4) Índice apurado pela Anbima que reflete o desempenho dos Títulos Públicos pré-fixados, independentemente do prazo de vencimento.
5) Índice que mede o desempenho das ações de empresas com grande volume de negociação na B3.
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